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quarta-feira, julho 12




Há 27 anos atrás, recebi a notícia. Vais ter um irmão. UAU fantástico!!!

De onde é que vem esse irmão? Está dentro da barriga. O quê? Como?
Comecei a ver a barriga da minha mãe a crescer. Perguntava frequentemente, como é que ele foi parar lá dentro. Eu também estive lá?
Pelos olhares dos adultos e sorrisos comprometidos, eu suspeitei que a história da cegonha que vinha de França estava mal contada.
Mas pronto. A barriga da minha mãe continuava a crescer e lembro-me de estar agarrada a ela para sentir os pontapés. Risos. O pai dizia: Ele vai ser jogador de futebol, vai ser do Sporting e mais, vai ser ponta de lança.
Chegado o dia 12 de Julho de 1979, nasce o meu querido mano Alberto.
Lembro-me perfeitamente, de ter chegado ao pé da minha mãe e de lhe dizer: Mãe, mostra-me a barriga. Eu queria ter a certeza de que ela estava mais pequena, para me assegurar de que a história que me contaram era verdadeira. Ela riu-se.

Sentei-me em cima da cama, muito bem acomodada e peguei no bebé ao colo.
Muitos beijinhos e festinhas. Pelo menos nesta altura, ele deixava-me dar-lhe beijinhos sem resmungar. Yupi!!!! Tenho um irmão.
Gostava muito de ficar a olhar para a mãe a dar-te de mamar e depois queria sempre pegar-te ao colo um bocadinho.


ALBERTO, PARABÉNS!!!!

Estes dias, tenho estado a lembrar-me de episódios e tenho-me fartado de rir sozinha.
Lembro-me da primeira prenda que recebeste do pai. Claro, uma bola de futebol, grande (ou pelo menos na altura parecia-me grande), com várias cores e em peluche.
Quando ainda não andavas, nem gatinhavas, jogavas à bola sentado. Tenho esta imagem na minha cabeça.
Curiosamente, as minhas recordações, são mais da altura do verão.


Verões em Vilamoura. Ui Vilamoura, onde aprendemos a andar de bicicleta, sem rodas de apoio. Acho que também não tinha travões, pois não? Descer aquela “grande descida” até irmos parar ao campo das vinhas. Andávamos também num carro de plástico, em jeito de fórmula 1, que tinha uns pedais. Houve uma vez, que me atropelei a mim mesma, tenho essa cicatriz no meu tornozelo, ainda hoje.
Época do 1,2,3 e da famosa bota botilde. Verões com a Patrícia e a Teresa, onde nasceu o nome ALBERTINI PONTA DE LANÇA!!!!
Aprendemos a mergulhar de cabeça e a nadar sem braçadeiras, com a tia Anabela. Ficávamos na piscina do vizinho, até a pele enrugar. Depois para o lanche uma bela cerelac bem compacta.


Na época do Monte da Ria, apesar de já termos a nossa, não houve uma única piscina, que nós, e o pessoal todo, não experimentássemos. Lembro-me de acordarmos cedo, só para irmos para a piscina dos vizinhos, sem eles saberem claro. Aquela, com formato de triângulo com um metro de cada lado e a hipotenusa correspondente, ainda hoje me intriga.
Tardes, muito solarengas, passadas entre mergulhos, amonas, pólo aquático, mais amonas e concursos debaixo de água. A nossa única preocupação, era saber quando é que acabávamos a digestão.
Ao inicio da noite, ficávamos todos a conversar e a rir à frente da nossa casa e às vezes tínhamos a companhia do Paulo, que chegava naquela fabulosa Vespa azul bebé e que também às vezes, tocava viola e cantava. Muito bom! Temos que repetir, com a nova geração de primos.
Às vezes ficava, a olhar para ti, pasmada com as piruetas que davas com a tua Bike free-style e com o skate. Depois eu tentava fazer o mesmo e pronto, acabava com as palmas das mãos e os joelhos esfolados. Uiiii, com terra e com pedrinhas, só de pensar, até dói.
Aprendemos a andar de cavalo , com a nossa querida Zaiga. A trote e galope pelo ludo.

Então, e aquele ano, em que houve, aquele fenómeno da “chuva intensiva” de estrelas cadentes, que segundo me lembro só se vai repetir daqui a 500 anos ou lá o que é.
Ficámos a "dormir" no telhado, a olhar para o céu, para ver as estrelas cadentes e a pedir desejos. Ora, 3 desejos por cada estrela, vezes centenas, dá…..Milhões de desejos para a vida inteira.
Aposto que muitos deles já se realizaram.

Depois veio aquela idade do armário, com formato alentejano. Bhaaaaa!
Naquela altura, aquilo pareceu-me uma verdadeira tortura malaica, mas agora vejo que aprendemos bastante. Foi lá que conheceste os olhos azuis pelos quais te apaixonaste.

Passado pouco tempo (não tão pouco como eu desejava), zarpei para Lisboa.
Lisboooa, menina e moça …..ou então …. Cheira bem, cheira a Lisboa….
Cidade maravilha.
E ainda aqui estamos com muitos sonhos e aventuras.
Sinto-me uma verdadeira privilegiada, de poder usufruir da tua companhia todos os dias, de estarmos juntos. Admiro o teu ser.

Beijos grandes meu querido!!!

HaPPy BirthdaY to You